A fuga da dor como fuga da vida

quinta-feira, 31 de março de 2016

por María del Prado Esteban 

“Viver é lutar e a luta sempre é dolorosa.”
- Félix Martí Ibañez



O uso de antidepressivos disparou em toda Europa, praticamente dobrou no último decênio. No Estado espanhol o consumo destes fármacos aumentou em 38%, porém o de hipnóticos e sedativos o fez em 66% e esse crescimento é, além disso, exponencial.
A utilização de psicotrópicos é especialmente aterradora entre as mulheres, ao menos 25% da população feminina toma algum narcótico para aliviar a dor de viver.
Não há dúvida de que a vida se tornou cada vez mais insuportável para um número crescente de pessoas e principalmente de mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Ministério de Sanidade e Consumo (Espanha), a depressão feminina passou de 6, 58% para 20, 49% entre 2003 e 2006. Isto quer dizer que o número de enfermas psíquicas [1] triplicou em apenas três anos, anos que foram, ademais, os das grandes campanhas institucionais a favor da mulher e da criação do primeiro Ministério da Igualdade.
O certo é que emerge uma nova personalidade débil, mole, egocentrada de forma narcisista, incoerente e minguada, cujas emoções não sustentam suas funções superiores, mas as anulam; que essa personalidade é muito mais comum entre o sexo feminino e que este sujeito, assim constituído, é um potencial viciado em substâncias psicoativas, sejam estas legais ou ilegais.
A verdade é, também, que tal indivíduo está sendo criado pela intervenção dos funcionários do Estado do bem-estar que incorporam cada vez mais pessoas ao seu protocolo de medicalização, convencendo assim seus pacientes que a vida não vale a pena ser vivida e que tudo o que podemos fazer é anestesiar o corpo [2] e a alma para não sofrer, não pensar e não sentir.

Enquanto as substâncias químicas nos envenenam o corpo, apareceu um novo mercado de narcóticos espirituais dirigidos de forma especial à população feminina, uma indústria que proporciona numerosos benefícios aos vendedores da cura milagrosa e da felicidade ao pé da letra. Cursos, oficinas e encontros que prometem uma beatífica apatia como paradigma da alegria e do otimismo. Estas drogas, tão nocivas como as primeiras, nos oferecem uma saída escapista da realidade e permitem que nossa vida autêntica siga se degradando enquanto fechamos os olhos e destruímos nosso mundo interior para converter-nos em autômatos sorridentes e apalermados, cegos frente ao horror da realidade circundante e à nossa própria condição.
Há uma grande tragédia na incapacidade moderna para a aceitação da dor, uma tragédia autêntica, porque esta fuga do mal-estar, paradoxalmente, aumenta até o infinito o padecimento pessoal e social. Renunciar ao sofrimento significa renunciar a muitas coisas fundamentais que dão sentido à vida. Significa:
1. A renúncia à consciência do mundo, da verdade e do real. O esforço para aproximar-se da verdade das coisas é amargo porque implica um trabalho árduo, ás vezes sobrehumano para superar as barreiras descomunais que o sistema impõe. A vitória sobre a mentira e o erro não é fácil nem cômoda, é dura e sofrida, nos condena a viver com consciência de nossas limitações e, muitas vezes, em meio a incertezas e dúvidas. Por outro lado, a defesa da verdade requer uma enorme dose de coragem e desprezo pela tranquilidade e pelo próprio bem-estar. Hoje, na sociedade da mentira obrigatória, os que lutam pela verdade estão condenados ao ostracismo, a perseguição, o opróbrio e as humilhações sem limites. Quem quiser, pois, alcançar a realidade do mundo e tomar consciência da verdade das coisas, terá que aceitar a dor que isso traz.
2. Quem teme o sofrimento tem de renunciar ao amor. Todas as categorias de amor – o amor sexual, o amor maternal, o amor fraterno, o amor social, a amizade e o amor por convivência, todas – produzem em algum momento a angústia pela incompreensão, o medo da separação e do abandono, o sentimento de vulnerabilidade e dependência. Os vínculos e compromissos amorosos implicam esforço e sacríficio e a abnegação do interesse próprio. Se o amor é uma das experiências humanas mais sublimes e extraordinárias, não está isenta quase nunca, como tudo o que é sublime, do lado trágico. Nas condições atuais de destruição quase total das estruturas de vinculação e compromisso humano, a luta para reconstruir a convivência nos campos social e pessoal terá mais momentos dolorosos do que prazerosos.
3. Quem não está capacitado para o sofrimento não pode alcançar o conhecimento de si mesmo nem auto-construir-se como pessoa, porque todos somos seres divididos e o olhar dirigido ao nosso interior, se é valente e sincero, é doloroso. Quem não estiver disposto a aceitar a realidade de si mesmo por medo da angústia de ver seu lado obscuro, não pode desenvolver em si nem virtude nem excelência alguma, pois todo desenvolvimento implica negação, vazio e privação, e, portanto, desconforto. O medo da dor está nos convertendo em seres-nada esvaziados dos traços humanos de consciência, virtude, vontade e entrega.
4. Quem não está disposto ao sacrifício não pode resistir ao mal que avança inexorável em toda a sociedade, vê-se impelido a colaborar com ele ativa ou passivamente. Não pode, por isso, contribuir para a investida do bem, do justo, do belo e do sublime em todos os âmbitos da vida porque qualquer projeto de regeneração do humano implica em se expor a ser perseguido e intimidado em um tempo no qual o mal é forte e poderoso. Isso significa que quem não se sacrifica pelo bem do mundo está obrigado a viver dentro da iniquidade e a sofrê-la.
5. Tudo aquilo que é grande, transcendente, significativo, que tem projeção histórica, o que é valioso e excelente, é conflitivo e arriscado. Quem se acovarda perante a dor está condenado a viver no mesquinho e no insignificante, no cotidiano e banal, a entregar sua vida a atos inconsequentes e sem valor. Tudo o que é criativo, estético, belo e sublime exige um quinhão de padecimentos, a Arte com maiúscula desaparecerá de nossas vidas sufocada pelo bem-estar e, por conseguinte, estaremos obrigados a viver entre a fealdade e a aberração.
Sermos capazes de sofrer, mantermo-nos indiferentes diante da aritmética do prazer e do desprazer, é condição para a vida autêntica, para a liberdade e para a virtude pessoal. Esta capacidade hoje está desaparecendo da sociedade, mas de forma particular está sendo anulada entre as mulheres que somos conduzidas à uma deriva de estúpida harmonia interior que não é senão letargia e fraqueza diante do esforço de viver e de ser livres. Superar a dor da existência à base de drogas é o mesmo que renunciar à vida. Aqueles que nos vendem uma felicidade infalível e uma emancipação adulterada, sem luta, sem medo, sem suor e sem sangue, nos vendem uma mercadoria podre, simplesmente isso não existe.

Notas:

[1] Pode entender-se este processo como um crescimento intenso do mal-estar objetivo e real das mulheres ou também como uma manobra das instituições de saúde para medicalizar e narcotizar as mulheres em massa com o pretexto de ajudá-las e protegê-las. Em minha opinião ambos os fatores se complementam e se potenciam um ao outro.


[2] Nos EUA a morte de mulheres por abuso de analgésicos foi classificada por alguns especialistas como epidemia, a cada dia morrem 18 mulheres norte-americanas por essa causa e se considera que um a cada 10 suicídios tem relação com esse tipo de abuso. 


Por uma mobilização que saiba aonde vai

quinta-feira, 24 de março de 2016

O Brasil está passando por uma situação triste e delicada.
Há anos, na esteira da modernidade e do liberalismo, nossa política é um jogo de interesses mesquinhos onde os que verdadeiramente se importam com o país tem suas vozes abafadas e são descreditados pelo sistema. O povo está cansado de ser submetido a uma classe política pútrida que serve aos mais ricos e rende-se às pretensões unipolares estadunidenses sem nunca se preocupar com a nossa soberania e a real liberdade da população.
Como resposta à essa situação, as pessoas se revoltam e podem ser muito inconsequentes, mas temos que agir com sensatez para não desencadear acontecimentos os quais não temos controle dos efeitos. Precisamos sair do estado de massa raivosa e desencontrada, para chegar num nível superior: o de povo consciente de si e de suas necessidades, o de nação resistente e confiante! Esse passo essencial para nossa libertação das garras atlantistas não será dado de um dia para o outro, ele precisa ser construído com perseverança e força de vontade, por isso não podemos nos precipitar no calor dos acontecimentos, já que isso pode dificultar nosso caminho no futuro.

O PT, como todos os outros grandes partidos que disputam as posições de maior poder no cenário político brasileiro, é corrupto; o governo deste partido não representa os anseios dos brasileiros, entrega a cada dia um pedaço da dignidade nacional ao poder globalista, e por isso merece ser destruído e varrido do poder. Por outro lado, nenhum dos partidos que se beneficiariam com a queda do PT neste momento merecem coisa melhor, sendo que todo o processo nos custaria caro em termos políticos, institucionais, econômicos e até morais. A Argentina, tendo eleito um presidente que segue uma linha parecida a desses partidos oposicionistas brasileiros, já passa agora, apenas meses depois, por uma liberalização econômica aviltante e arrocho dos trabalhadores. Por fim, o povo mobilizado sem projeto definido, apenas pela negativa contra tudo e todos, não pode ir muito longe sem ficar à mercê das organizações políticas que já existem e agem estrategicamente há anos visando manipular esse mesmo povo.
Além disso, os movimentos que fomentam as manifestações de rua pela derrubada imediata do governo (como o MBL e o VEM PRA RUA) tem comprovadas ligações com organizações internacionais que estão envolvidas na desestabilização de outros países pelo mundo, como por exemplo, a Ucrânia. Depois de uma investida contra um governo também corrupto por parte de liberais ainda piores, este país encontra-se hoje em grave situação econômica, dependente da finança globalista, com seu povo dividido e de luto pelos milhares de mortos. Nós não queremos isso para o Brasil! Queremos uma revolução do povo, não das mídias de massa; autêntica, e não forjada de fora pela cobiça dos estrangeiros naquilo que é nosso.


MATRIA - Mulheres em Ação pela Tradição Ibero-Americana!

Ação no Ceará no dia da mulher

sexta-feira, 11 de março de 2016



Ação realizada no dia 8 de março pelas camaradas do Ceará em alguns campi da UFC, com a propagação da nossa mensagem em homenagem ao dia da mulher e divulgação do Matria.

Com o objetivo de despertar o espírito de luta feminino, nos unimos pelo resgate da feminilidade, a dignidade da mulher e a valorização das suas qualidades intrínsecas. Ajude-nos a fortalecer nossa resistência em defesa da Natureza e da Nação.

Conheça nossos ideais.

JUNTE-SE A NÓS!


MATRIA - Mulheres em Ação pela Tradição Íbero-Americana
Feminilidade, Coragem e Tradição

Um exemplo de força feminina contra o imperialismo: Aisha Kadafi

sábado, 5 de março de 2016




A única mulher entre os oito filhos de Muammar Kadafi, Aisha Kadafi formou-se advogada e é conhecida por ter ocupado cargos como mediadora, oficial militar, e embaixadora da boa vontade na ONU. Em carta vinda a público em janeiro deste ano, a diplomata líbia conclama seus compatriotas a não se conformarem com a destruição de seu país e desponta como uma líder da resistência contra grupos terroristas e mercenários do atlantismo.

Quando a capital líbia, Tripoli, foi tomada pelos inimigos, em agosto de 2011, Aisha Kadafi estava grávida do seu quarto bebê. Com o cerco, seu pai não permite que ela permaneça lá e a manda apressadamente para a Algéria através do deserto, acompanhada pela mãe e dois irmãos, entre outros parentes. Na época, correram rumores de que uma das mulheres na caravana, possivelmente Aisha, teria dado a luz sem qualquer auxílio médico, próximo da fronteira, em pleno Saara. Ainda não se sabe ao certo se foi este o ocorrido. Pouco tempo depois, Kadafi foi capturado e brutalmente assassinado. 

Aisha teve de ser hospitalizada devido ao choque. Anteriormente em uma entrevista, ela havia falado sobre sua relação de respeito e afeto para com o pai: “Meu pai me dedica bastante tempo, ás vezes eu sinto como se ele fosse o governante e o governado, e às vezes sinto que ele é o meu amigo compassivo. Em todo caso, é ele o meu remédio contra o sofrimento e minha fortaleza contra a aflição”. Além da perda paterna, ela também sofreu com a morte do marido, de um filho e de três irmãos, em mais essa guerra sangrenta forjada pela OTAN.

Apesar de ter estudado no Ocidente, Aisha Kadafi nunca se deixou cooptar. Criticando veementemente as políticas intervencionistas deste e defendendo a doutrina da Jamahiriya, esteve sempre engajada nas questões públicas, atuando como diplomata, lutando contra a pobreza e pelos direitos da mulher. Desde antes do começo do conflito na Líbia, ela era mencionada como a mais provável sucessora de Muammar Kadafi.

Passado um ano de exílio na Algéria, Aisha foi forçada a se mudar para o Omã em 2012, após a divulgação de vídeos onde chamava os líbios à resistência e os soldados das antigas forças armadas a prestarem juramento a ela como Comandante. Seu projeto é formar uma coalização que possa reestruturar o Estado, agindo como mediadora dentro e fora da Líbia, e eliminando a desordem anárquica na qual a nação caiu. Sua mensagem tem sido cada vez mais atendida e o verde da Jamahiriya se aviva novamente com essa inspiração e a importante missão de restaurar a unidade nacional.

A luta pela sobrevivência dos Mundurukus

quinta-feira, 3 de março de 2016


A região amazônica é a região dos contrastes, lugar de paradoxos. Historicamente abandonada pelos governos que insistem em negligenciar o aspecto estratégico da Amazônia, essa vastidão geográfica é também palco de grandes obras - que, entretanto, nunca surtiram efeitos positivos para os povos locais, sejam eles urbanos, ribeirinhos, agricultores e indígenas.

O Complexo Hidrelétrico do Tapajós é um desses empreendimentos: gigantesco, exibicionista e, acima de tudo, improdutivo (ao menos para a população da região). No total, está prevista a construção de sete barragens: UHE Cachoeira do Caí, UHE Chacorão 1, UHE Chacorão 2, UHE Jatobá, UHE Jamanxim, UHE Cachoeira dos Patos e UHE Jadim de Ouro. A maior delas é a de São Luiz do Tapajós, que será instalada na cidade de Itaituba.

Os municípios da região Oeste do Pará, em geral abandonados e extremamente carentes, sofrem com a crise dos garimpos, a crise econômica nacional e as inúmeras consequências da crise econômica nacional. Desemprego, altos índices de criminalidade, prostituição, tráfico de drogas e conflitos de terra. As hidrelétricas só irão piorar o problema.

Aproveitando a situação econômica estagnada, as empresas e o governo fazem uma propaganda positiva desses empreendimentos. A promessa é de melhoria para a infraestrutura das cidades, mais empregos, mais dinheiro, mais renda para os municípios e seus habitantes. Basta verificar os processos de instalação desses empreendimentos e constatar que os municípios da região não obtiveram nenhuma melhoria com os mesmos.

Ao contrário: a maioria dos empregos será temporária e o grande fluxo de migrantes apenas afetará de modo negativo as estruturas públicas já precárias de municípios que não têm condições suficientes de receber essa massa humana (sem contar os milhares que serão deslocados de suas áreas por conta das inundações).

As contradições do projeto Hidrelétrico no Tapajós


Dentre os maiores afetados, estão os índios Munduruku que vivem na região. A comunidade de Karapanatuba será atingida por uma das barragens do complexo hidrelétrico. Toda a região será inundada, e a comunidade Munduruku na região (bem como todos os demais que nela vivem) simplesmente não existirá mais. Os indígenas, e todos os outros que dependem do rio para viver (ribeirinhos, por exemplo) serão forçosamente deslocados de suas terras, sem nenhuma garantia de realocação por parte do governo ou das empresas - ao menos até o momento.

Nós, do grupo feminino Matria, juntamente com nossos camaradas do Avante (que foi fundado no Pará) compartilhamos dessa luta com os índios Munduruku. O camarada Jean Carvalho (fundador do grupo Avante) e a camarada Léia Carvalho (do grupo Matria) realizaram uma entrevista com o indígena Alcivan Saw Munduruku, acadêmico do curso de Letras, na Faculdade de Itaituba. A entrevista, na íntegra, se encontra transcrita abaixo.


Pergunta: Qual é a etnia da tribo?
Alcivan: Nossa etnia é Munduruku. Todos nós, na aldeia, somos índios Munduruku.

P: Onde fica localizada a reserva? 
A: Fica no Alto Tapajós, comunidade de Karapanatuba (a cinco horas de viagem de Itaituba).

P: Quantas pessoas vivem na aldeia?
A: Em torno de 400 indígenas. Mas existem 12.00 moradores em toda comunidade ao redor, contando com ribeirinhos e gente que vive na cidade. Todo mundo vai ser afetado.   

P: Alguém do governo ou das empresas entrou em contato com a comunidade e apresentou o projeto do complexo hidrelétrico? 
A: Nenhum representante do governo ou de empresas estabeleceu qualquer contato com a comunidade indígena. Eles não tomaram a iniciativa. Nem sequer nos apresentaram o projeto. Nós tivemos de ir atrás.

P: Como a comunidade indígena se organizou em torno da questão?
A: Através do movimento criado pelos indígenas, chamado Sawe, nós conseguimos conversar com representantes do governo para estabelecer contato sobre o que está acontecendo no projeto e nos informar sobre a questão.

P: Quais os efeitos dessa organização?
A: Através dessa mobilização, conseguimos junto ao governo o embargo do início da obra até o ano de 2020, pois o juiz verificou que não haviam estudos adequados sobre os impactos ambientais causados pela obra. E quando esse limite for atingido, iremos procurar novamente o embargo da obra.

P: Se a barragem estivesse funcionando, o que aconteceria?
A: Toda a área da comunidade indígena e dos ribeirinhos seria inundada, e nós não teríamos como nos manter com a caça, pesca ou agricultura. Não disseram para onde vamos. Não haveria como manter nossa cultura. 


P: Há esperança de vencer essa causa e manter a sobrevivência do grupo em seu território?
A: Nós nos sentimos pequenos diante de grupos tão grandes, empresas e governos (e o governo na maioria das vezes fica ao lado das empresas), mas ao mesmo tempo temos ânimo para lutar, precisamos lutar. Os grupos que enfrentamos são muito fortes, mas a vontade de manter nossa cultura é maior.

P: Como os estudos podem lhe ajudar nesse processo de luta, e na causa de sua tribo?
A: Vejo a oportunidade de adquirir conhecimento como uma ferramenta para ajudar minha tribo, meu povo. Pretendo atuar um dia como advogado e, dessa forma, auxiliar melhor o meu próprio povo nessa luta e em todas as outras.


O drama dos Mundurukus e a perda sistemática de suas terras


P: O que vocês esperam em relação ao governo e aos outros grupos?
A: Nós só queremos manter nossa própria cultura, sem depender dos outros. Queremos nossa própria dignidade e o direito de cuidar de nós mesmos, viver do nosso modo e manter nosso território. 

P: Que mensagem deve ser levada aos demais, inclusive aos que não vivem na região? 
A: É importante que nós tenhamos apoio, que as pessoas saibam do que está acontecendo. Queremos exercer nosso direito de sobreviver, de manter nossa cultura e seguir nossa vida. Sem apoio, vai ser difícil vencer.


No vídeo, informações essenciais sobre o projeto do Complexo do Tapajós

Conclamamos a todos para se unirem ao Matria e ao Avante na luta em favor dos Mundurukus, dos ribeirinhos, de todo o povo da cidade de Itaituba e pela Amazônia!

Veja aqui as ações ajuizadas pelo MPF sobre as barragens na bacia do rio Tapajós.

Texto escrito por Jean e Léia Carvalho (Avante)
Confira o texto postado no Ação Avante.


 
 
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