"Panela velha é que faz comida boa." Será? - Conheça os diferentes tipos de panela: sua vantagens, desvantagens e efeitos sobre a saúde

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Quando cozinhamos, pensamos em trazer força e saúde para quem for comer. Entretanto, para que isso realmente aconteça, é preciso ter atenção a uma série de coisas. Muitas pessoas já tem se preocupado em preparar alimentos nutritivos e variados. Também é importante limpar frutas e verduras adequadamente para minimizar a ingestão dos agrotóxicos que cobrem toda a produção convencional no nosso país, além de evitar produtos muito industrializados ou que contenham outros tipos de aditivos tóxicos. Um outro cuidado, no qual pouco se fala, é o de utilizar as panelas certas. Muitas panelas acabam soltando algum componente na comida durante o preparo, o que pode ser perigoso. Preparamos uma lista falando sobre cada tipo de panela, para você se informar melhor sobre as suas.



- Panelas de alumínio: São as mais fáceis de encontrar, as mais baratas e tem a vantagem de ser bem leves. Porém, liberam alumínio durante o uso, em quantidades que variam dependendo da acidez do alimento que está a ser preparado, da fabricação da panela e da temperatura alcançada. Esfregar a panela com esponja de aço piora a situação, pois elimina a camada de óxido de alumínio e facilita a soltura de resíduos. O excesso de alumínio no organismo pode acarretar mal estar e uma série de doenças, como constipação intestinal, cólicas, dores de cabeça, alteração das funções do fígado e dos rins, demência e dificuldades de aprendizado. Estudos apontam sua relação com mal de Alzheimer, mal de Parkinson, doenças ósseas e hiperatividade infantil. O consumo de produtos enlatados e de antiácidos feitos com hidróxido de alumínio também podem contribuir para aumentar o alumínio presente no corpo.

- Panelas de inox: Também são bastante comuns e valorizadas por sua resistência. O aço inoxidável, conhecido como inox, é composto por ferro, cromo e níquel, sendo as proporções destes elementos variáveis de acordo com a fabricação da panela. Pequenas quantidades deles podem ir parar na comida: o pouco cromo liberado é benéfico à saúde; o ferro também é benéfico, especialmente para pessoas que sofrem de anemia, mas pode ser prejudicial se excessivo; já o níquel, se acumulado no organismo, pode causar alergias e desenvolvimento de câncer. Não se deve utilizar cloro ou água com sal na limpeza dessas panelas, e, novamente, é aconselhável não escovar a panela com esponja de aço, pois isso remove a camada protetora de óxido que ajuda a impedir que os metais passem para os alimentos. Antes de usar a panela de inox pela primeira vez, ferva água nela três vezes descartando em seguida.

- Panelas de ferro: As panelas de ferro são muito usadas na culinária caipira tradicional. São bastante pesadas e conhecidas por combater a anemia, aumentando a concentração de ferro nos alimentos preparados nelas. A quantidade de ferro e manganês consumida aumenta significativamente, especialmente se os alimentos são guardados ou permanecem um período mais longo dentro da panela. Isso não é recomendado, podendo inclusive alterar o sabor da comida. Alimentos mais ácidos assimilam mais ferro, mas o volume de água e o tempo de cozimento também interferem no teor de ferro absorvido. O uso de panelas de ferro pode ser benéfico para vegetarianos, mulheres em idade fértil (devido ao sangramento menstrual) e crianças. Porém, o excesso de ferro também é nocivo à saúde, aumentando a probabilidade de infarto do miocárdio e derrames. Além disso, aproximadamente uma em cada duzentas pessoas sofre de hemocromatose, que é o acúmulo de ferro no organismo, uma doença com muitos riscos e complicações. Formas de pizza feitas de ferro são uma boa dica, pois tornam a pizza mais quente e crocante do que as assadas em forma de alumínio, sem que o ferro migre para a pizza. Para uma boa conservação das panelas de ferro, lave-as com água quente e sabão, deixe secar no fogo e espalhe uma película de óleo sobre sua superfície antes de guardar, para evitar a ferrugem.

- Panelas de vidro: As panelas de vidro não transferem nenhum tipo de resíduo para a comida, são belíssimas e fáceis de limpar. O problema é que são difíceis de encontrar, caras e muito frágeis (cuidado com impactos e choque térmico). É melhor evitar o uso de peças de cristal muito antigas – algumas delas contém óxido de chumbo que contamina o conteúdo, mas esta matéria-prima não é mais utilizada no Brasil.

- Panelas de cobre: São bonitas e transmitem bem o calor, mas a quantidade de cobre que migra para o alimento é muito alta, por isso não vale a pena cozinhar com elas. A transmissão do cobre, assim como a do ferro, é maior em alimentos mais ácidos. O excesso de cobre no organismo é muito prejudicial, causando náuseas, vômitos e diarréia. Se a ingestão for contínua pode causar dano renal, alterações osteoarticulares, dores nas juntas e até lesões cerebrais. Os utensílios de cobre só podem ser utilizados com segurança se tiverem a superfície interna revestida com titânio ou aço inoxidável.

- Panelas de titânio: Tem boa condução de calor, são antiaderentes, bastante resistentes e mais caras também. Geralmente, no processo de fabricação é realizada a vaporização de uma camada de titânio sobre uma base de alumínio ou cobre, mas também há outros tipos que usam cerâmica. Essa panela não deixa resíduos nos alimentos e pode ser utilizada para guardar a comida.

- Panelas de cerâmica: Higiênicas e resistentes a riscos. As panelas de cerâmica passam por um processo de vitrificação que, em geral, não permite a passagem de resíduos para os alimentos. Entretanto, alguns corantes utilizados na vitrificação podem conter chumbo ou cádmio, os quais são altamente tóxicos e liberados durante o uso na cozinha. Hoje em dia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regula a confecção de cerâmica destinada à alimentação, assim, as peças recentes e de fabricação nacional (regulamentada) são livres de componentes tóxicos. Atenção redobrada com peças antigas ou importadas – nestes casos, certifique-se da composição delas antes de utilizar. O chumbo e o cádmio são metais pesados e causam problemas graves, como a diminuição da capacidade mental em crianças.

- Panelas de Teflon: Muito populares por serem fáceis de lavar, mas duvidosas quando se trata da saúde. O teflon é constituído por polímeros de fluorocarbono, especialmente o politetrafluoretileno (PTFE). As panelas mais novas costumam ser revestidas com o chamado “teflon II” que se liga melhor ao alumínio e é mais difícil de descascar e ficar no alimento. No entanto, temperaturas muito elevadas e por tempo prolongado acabam deteriorando a cobertura anti-aderente, resultando na possível contaminação da comida por PTFE ou fluoreto. A ingestão destes compostos está ligada ao surgimento de asma, infecções e obesidade em adultos e crianças, e por mulheres grávidas atinge os fetos. Em temperaturas acima de 280º, o PTFE libera mais de 15 gases tóxicos diferentes, que são capazes de causar sintomas parecidos com os de gripe em seres humanos e provocar a morte de aves. Outro componente químico preocupante liberado pelo teflon é o ácido perfluorooctânico (PFOA), considerado cancerígeno. Testes em animais constataram que o PFOA também é capaz de causar problemas de desenvolvimento e alterações nas funções hepática, imunológica e endócrina. Os testes em humanos ainda são inconclusivos. As panelas de teflon também liberam quantidades mínimas de benzeno, as quais segundo alguns especialistas podem reagir formando compostos cancerígenos. Além de todas essas questões, pesquisadores da Universidade de Toronto apontaram que o teflon é ainda fonte de gases CFC, que danificam a camada de ozônio. Para completar, seu processo de produção é altamente poluente.

- Panelas esmaltadas ou de ágata: Apreciadas pela variedade de cores e desenhos, são mais leves que as de cerâmica e fáceis de limpar. O risco com essas panelas é a composição do esmalte empregado na sua feitura – certifique-se de que não há presença de elementos tóxicos, como o chumbo e o cádmio (esse cuidado também vale para todo tipo de utensílio de cozinha pintado à mão). As panelas esmaltadas que seguem o padrão da ANVISA são seguras, não transferem nenhum elemento tóxico para os alimentos e podem ser usadas para cozinhar e guardar alimentos sem problemas.

- Panelas de pedra-sabão: são antiaderentes e retém o calor por um bom tempo, mas pesam muito e tendem a ressecar alimentos com baixo teor de água. São feitas de estealito, uma rocha abundante em Minas Gerais, já utilizada na confecção de utensílios culinários pelos índios. Durante o cozimento libera quantidades expressivas de elementos nutricionalmente importantes como cálcio, magnésio, ferro e manganês. Essas panelas, porém, não devem ser usadas para guardar alimentos porque, mesmo quando curadas, liberam níquel nos alimentos que ficam por longos períodos em contato com sua superfície. A panela é comprada ''crua'' e precisa ser curada com óleo ou gordura antes da utilização. Uma das técnicas de cura mais difundidas consiste em untar a panela com óleo por dentro e por fora, encher com água e levar ao forno, na temperatura de 200° por 2 horas. Desligar o forno e aguardar que a panela esteja fria para tirar. Repetir o procedimento antes do primeiro uso. Por ser um tipo de panela mais porosa, fique atenta na limpeza para evitar a proliferação de bactérias. Aqueça sempre em fogo baixo para evitar choque térmico.

- Panelas de barro: A confecção de panelas de barro no Brasil tem uma tradição de 400 anos no Espírito Santo, tendo sido iniciada pelos índios e atualmente feita pela população local de forma rústica. Depois de confeccionadas são queimadas em fogueiras feitas ao ar livre. Ainda quentes são recobertas por tanino que dá a coloração característica da panela. Não existem estudos sobre a migração de substâncias tóxicas destas panelas para os alimentos, mas é recomendado verificar a composição delas (evite as que levam tintas ou produtos químicos que possam conter metais pesados e outros tóxicos) e curar a panela com óleo quente antes da primeira utilização. Este tipo de panela resseca os alimentos mais facilmente.

Nos últimos anos, também é possível encontrar no mercado panelas feitas em outros materiais, como porcelana e aço cirúrgico. Entretanto, elas ainda são raras de se ver nas lojas e há poucos estudos a seu respeito.

A hipersexualização de meninos e meninas e como evitá-la

terça-feira, 27 de junho de 2017

Escrito por: Karla Lara
Traduzido por: Matria
Vale a pena defender e proteger até o último minuto  do jogo da infância, porque isso constrói meninos e meninas fortes, seguros de si mesmos e de seu valor como pessoa. Vale muito a pena! A hipersexualização destrói a infância!


Sou mãe de uma menina de 6 anos e me tenho me dado conta de quanta importância se dá a imagem das meninas e também a dos meninos: me refiro à sua aparência, à roupa que usam, aos padrões de comportamento que podem chegar a ter como referência enquanto crescem.

Pensando nisto encontrei o termo "hipersexualização" - que é a tendência a enfatizar o valor sexual da pessoa acima de qualquer outra qualidade que a defina. Esta tendência se estende à infância, acabando com ela em muitos casos: concursos de beleza de meninas e meninos, desfiles de moda, mudanças de imagem, vestuário para parecer mini-adultos...

A hipersexualização, neste caso, é a sexualização das expressões e do comportamento de meninas e meninos: a roupa, os brinquedos, os videogames e os objetivos de vida, que terminam erotizando sua infância. Isto representa um perigo, pois traz a possibilidade de que aprendam desde muito novinhos que o papel da mulher é de objeto sexual (principalmente as meninas) e de assumir papéis que não correspondem com sua idade. No comércio já se encontra sutiãs com enchimento para meninas a partir do tamanho 6. Programas de televisão criam concursos de beleza infantil - mais uma forma de violência que destrói a infância, acabando com sua inocência...
É comum a existência de festas temáticas para meninas, nas quais organizam um mini-spa ou um salão de beleza simulando manicure, pedicure, etc.; meninas com o cabelo pintado, alisado, ou usando salto alto e maquiagem. E quem ganha neste jogo triste? Sem dúvida o mercado de consumo.



Nas palavras da terapeuta Elena Mayorga:
"hoje em dia, as crianças, principalmente as meninas, estão sendo utilizadas e 'sexualizadas' como um meio para vender aos adultos e a elas mesmas todo tipo de produtos: desde sopas e carros, até bonecas, videogames, roupas, joias e casas. Estão expondo nossos filhos, e sobretudo as nossas filhas, como 'mercadoria sexual' e isso, em um mundo onde os abusos a menores ainda são comuns em muitos lugares, é um fato extremamente grave e perigoso."

As consequências às vezes se traduzem em mulheres frágeis, com baixa autoestima, com uma falsa ideia da beleza, com valores confusos sobre o corpo, extremamente vulneráveis, imersas em uma batalha constante consigo mesmas.

O culto ao corpo, à aparência acima de tudo, é uma triste referência errônea sobre o valor das pessoas. Estamos chegando a um ponto em que as pessoas deixam de ter valor se não tiverem uma aparência desejável - na maioria dos casos, aparências baseadas em corpos impossíveis e de falsa beleza: maquiagem exagerada, uso de objetos postiços, intervenções cirúrgicas. Tudo de forma não-natural, porque o natural não é aceitável. 

O que se ensina às meninas e aos meninos é a busca da eterna juventude e o sonho de um aspecto físico, que na maioria das ocasiões foge à lógica e ao natural. Esse sonho se converte em um desejo que nunca se alcança, já que se persegue algo impossível, chegando a se tornar uma obsessão que gera grande frustração.
A hipersexualização segue em alta velocidade e condena nossas crianças, principalmente nossas meninas, à busca do corpo impossível de aspecto perfeito; a valores e princípios que ficam no superficialismo, sem chegar ao aprofundamento, deixando de lado outras qualidade das pessoas e definitivamente fazendo deles objetos ao invés de sujeitos.

Em 2001, o informe Bailey definiu pela primeira vez o conceito de hipersexualização infantil como "a sexualização das expressões, posturas ou códigos de vestimenta considerados demasiadamente precoces".
Em 2007, a Associação de Psicologia Americana (APA) publicou um documento através do qual denuncia a tendência a sexualização de meninos e meninas na sociedade do século XXI. Tanto os produtos, como os meios destinados ao público infantil empregam de um modo perverso o erotismo e o valor sexual como fatores definitivos.  Ao fazê-lo se transmite uma perigosa mensagem aos meninos e meninas, pois mostram-lhes que tal erotismo pode proporcionar grandes benefícios sociais. A tragédia é que a mensagem pouco a pouco atinge profundamente a mente dos meninos e meninas e se transformam em uma forte crença. Os meninos e as meninas acreditam que para terem êxito social precisam ser sexualmente atrativos.




O que favorece a hipersexualização de meninas e meninos são:
  • Os meios de comunicação que nos oferecem uma imagem da mulher exageradamente sexualizada. Publicidade, séries, programas, e inclusive as bonecas exibem modelos de mulheres maquiadas, com roupa exagerada, que perseguem um único objetivo: ser populares e chamar atenção. Mas os meios ainda dão um passo a mais e nos mostram meninas atuando, se vestindo e falando como mulheres adultas em miniatura.
  • Muitas mulheres têm assumido passivamente, sem se dar conta e sem se queixar, sua condição de objeto. Têm aprendido que devem ser sexualmente desejáveis. Estas mulheres são mães, irmãs, tias, avós, etc., que se convertem em modelos a serem imitados pelas meninas. E é assim como dentro da própria família se transmite o padrão da hipersexualização.
Quando o único modelo é o de mulher popular, que só é considerada valiosa e admirada se for uma mulher que tem atributos que a tornem atraente ao sexo oposto, sem importar outras qualidades, estamos condenando as meninas e a toda uma geração a seguir tal padrão, a persegui-lo sem sequer considerar questioná-lo.

A hipersexualização infantil se transmite como uma silenciosa epidemia que se faz crer fortemente na mente social e coletiva.
Lutar contra a hipersexualização infantil é algo difícil, já que estamos perante um padrão que se estende como uma epidemia nas nossas sociedades modernas e que se serve dos grandes meios de comunicação que, com a desculpa de entreter-nos, aproveitam para transmitir mensagens (até mesmo subliminarmente) que nos fazem comprar, que nos fazem consumir certos tipos de produtos.
Há coisas que podemos fazer para evitar cair na hipersexualização de nossos filhos. Alguns conselhos:


  • Analisar nossos próprios valores e princípios, os quais estamos transmitindo a nossos meninos e meninas. O que fazemos e dizemos nos tornam um modelo livre do padrão de hipersexualização (claro que não seremos o único modelo que receberão, mas devemos lutar para sermos os principais e oferecer a eles outra alternativa).
  • Controlar o acesso às mídias e averiguar se os conteúdos que veem são apropriados para sua idade.
  • Desenvolver o senso crítico. Os meninos e meninas têm que conhecer o mundo, a sociedade em que vivem; mas é nosso trabalho lhes dar as ferramentas necessárias para viver bem na sociedade.
  • A comunicação. É importante tanto lhes explicar como escutar suas interpretações e crenças.
  • Transmitir valores mais humanos, como a colaboração, o amor, o respeito, a compaixão, etc., como algo mais que os adornos e o atrativo físico.
  • O desenvolvimento de um autoconceito completo: corpo, mente, espírito.
  • A compreensão de algo muito lógico: as pessoas são diferentes fisicamente, e a beleza se encontra não apenas em nossa aparência, mas também em nossa personalidade.
Deixemos de intervir e de encurtar a infância de nossos filhos. Meninas e meninos merecem viver sua infância em liberdade sem ser manipulados, sem serem apressados para crescer, para se fantasiar e parecer pequenos adultos. Isso é um direito das crianças. Meninas e meninos merecem desenvolver seus próprios gostos, preferências, moldar sua personalidade de acordo com a sua idade.

Evitemos apressar nossas filhas. Se têm 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16 ou 20 anos, cada uma na sua idade e a seu tempo irão crescendo e mudando suas escolhas. Vale a pena defender e proteger até o último minuto do jogo da infância, porque isso constrói meninos e meninas fortes, seguros de si mesmos e de seu valor como pessoa. Vale muito a pena!

Fonte: Mama Natural


“Nós vivemos na Era do Fim” – Uma entrevista com Dari Dugina

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Trazemos aqui a tradução de uma entrevista concedida por Dari Dugina em 2013 para o líder da Nova Resistência norte-americana, James Porazzo. Dugina é liderança da União da Juventude Eurasiana e faz parte do Global Revolutionary Alliance (GRA - "Alíança Revolucionária Global"). O conteúdo continua sendo muito interessante, especialmente para um grupo feminino e quarto-teórico como o MATRIA. Boa leitura.




Dari, você é uma Eurasianista da segunda geração, filha do nosso mais importante pensador e líder, Alexander Dugin. Você se importa em dividir conosco os seus pensamentos sobre ser uma jovem militante nessa altura da Kali Yuga?

Nós vivemos na era do fim – este é o fim da cultura, da filosofia, da política, da ideologia. Este é o tempo sem movimento real; a sombria profecia de Fukuyama sobre o “fim da história” torna-se uma espécie de realidade. Essa é a essência da Modernidade, da Kali Yuga. Nós estamos vivendo no momento do Finis Mundi. A chegada do Anticristo está nessa agenda. A noite exaustiva e profunda é o reino da quantidade, mascarado por conceitos tentadores como o Rizoma de Gilles Deleuze: os pedaços do Sujeito moderno se transformam na “presidenta” do filme “Tokyo Gore Police” (filme pós-moderno japonês) – o indivíduo do paradigma moderno se transforma nos pedaços do divíduo. “Deus está morto” e seu lugar é ocupado pelos fragmentos do indivíduo. Mas se nós fizermos uma análise política, vamos descobrir que essa nova condição do mundo é o projeto do liberalismo. As ideias extravagantes de Foucault, aparentemente revolucionárias em seu pathos, depois de uma análise mais escrupulosa mostram sua base conformista e (secretamente) liberal, que vai contra a hierarquia tradicional de valores, estabelecendo uma “nova ordem” pervertida na qual o topo é ocupado pelo indivíduo que cultua a si mesmo em sua decadência atomista. É difícil lutar contra a modernidade, mas certamente é insuportável viver nela – concordar com esse estado de coisas onde todos os sistemas estão transfigurados e os valores tradicionais tornaram-se uma paródia, purgados e ridicularizados em todas as esferas de controle sob os paradigmas modernos. Este é o reino da hegemonia cultural. E esse estado do mundo nos incomoda. Lutamos contra ele – pela ordem divina, pela hierarquia ideal. No mundo moderno o sistema de castas está completamente esquecido e transformado em uma paródia. Mas ele tem um ponto fundamental. Na república de Platão – lá está um pensamento muito interessante e importante: as castas e a hierarquia vertical na política são simplesmente o reflexo do mundo das ideias e do bem superior. Este modelo de política manifesta os princípios metafísicos básicos do mundo normal (espiritual). Com a destruição do sistema primordial de castas na sociedade, a dignidade do ser divino e sua Ordem são negadas. Renunciando ao sistema de castas e à ordem tradicional, brilhantemente descritos por Dumézil, nós prejudicamos a hierarquia de nossa alma. Nossa alma nada mais é do que o sistema de castas com uma ampla harmonia de justiça que une as três partes da alma (a filosófica – o intelecto, o guardião – a vontade, e os comerciantes – o desejo). Lutando pela tradição nós estamos lutando por nossa profunda natureza como criaturas humanas. O homem não é algo dado – ele é o objetivo. E nós estamos lutando pela verdade da natureza humana, ser humano é buscar a sobre-humanidade. Isto pode ser chamado guerra santa.

O que a Quarta Teoria Política significa para você?

Ela é a luz da verdade, de algo raramente autêntico nos tempos pós-modernos. É a ênfase correta nos graus da existência – os acordes naturais das leis do mundo. Ela é algo que cresce sobre as ruínas da experiência humana. Não pode haver sucesso sem as primeiras tentativas – todas as ideologias passadas continham em si mesmas aquilo que causou seu fracasso.
A Quarta Teoria Política é o projeto das melhores partes da ordem divina que podem ser manifestos em nosso mundo – do liberalismo tomamos a ideia de democracia (mas não em seu significado moderno) e liberdade no sentido evoliano; do comunismo aceitamos a ideia de solidariedade, anticapitalismo, anti-individualismo e a ideia de coletivismo; do fascismo tomamos o conceito de hierarquia vertical e a vontade de poder – o código heroico do guerreiro Indo-europeu.
Todas estas ideologias passadas sofreram de graves deficiências – democracia com o acréscimo de liberalismo virou tirania (o pior tipo de regime segundo Platão), o comunismo defendeu um mundo tecnocêntrico sem tradições nem origens, o fascismo seguiu uma orientação geopolítica errada e o seu racismo era Ocidental, Moderno, liberal e antitradicional.
A Quarta Teoria Política é a transgressão global destes defeitos – o desenho final da história futura (e em aberto). É o único caminho para defender a verdade.
Para nós, a verdade é o mundo multipolar, a florescente variedade de diferentes culturas e tradições.
Nós somos contra o racismo, contra o racismo cultural e estratégico da civilização ocidental moderna dos Estados Unidos, que é perfeitamente descrita pelo professor John M. Hobson em “A concepção Europocêntrica da política mundial”. O racismo estrutural (aberto ou subliminar) destrói a encantadora complexidade das sociedades humanas – primitivas ou complexas.

Você encontra desafios específicos em ser tanto uma jovem mulher quanto uma ativista nessa época?

Essa guerra espiritual contra o mundo (pós)moderno me dá a força para viver.
Eu sei que estou lutando contra a hegemonia do mal pela verdade da Tradição eterna. Ela está obscurecida agora, não completamente perdida. Sem ela nada poderia existir.
Eu penso que ambos os gêneros e qualquer idade têm suas formas de acessar a Tradição e seus modos de desafiar a Modernidade.
Minha prática existencial é abdicar da maioria dos valores da juventude globalista. Eu penso que precisamos ser diferentes desse lixo. Não acredito em coisa moderna alguma. A Modernidade está sempre errada.
Eu considero o amor uma forma de iniciação e realização espiritual. E a família deve ser a união de pessoas espiritualmente similares.

Além do seu pai, obviamente, quais outros autores você sugeriria aos jovens militantes que queiram aprender mais sobre nossas ideias?

Eu recomendo que se familiarizem com os livros de René Guenón, Julius Evola, Jean Parvulesco, Henri Corbin, Claudio Mutti, Sheikh Imran Nazar Hosein (tradicionalismo); Platão, Proclo, Schelling, Nietzsche, Martin Heidegger, E. Cioran (filosofia); Carl Schmitt, Alain de Benoist, Alain Soral (política); John M. Hobson, Fabio Petito (Relações Internacionais); Gilbert Durand, G. Dumézil (sociologia). O kit básico de leitura para nossa revolução intelectual e política.

Você passou agora algum tempo vivendo na Europa Ocidental. Como você compararia o estado do Oeste ao do Leste, depois dessa experiência em primeira mão?

De fato, antes da minha chegada à Europa eu pensava que esta civilização estava absolutamente morta e que nenhuma revolta seria possível lá. Eu comparava a Europa moderna liberal à alguém atolado em um pântano, sem possiblidade de protesto contra a hegemonia do liberalismo.
Lendo a imprensa estrangeira européia, vendo os artigos com títulos como “Putin – o satã da Rússia” / “a vida luxuosa do pobre presidente Putin” / “Pussy Riot – as grandes mártires da apodrecida Rússia” – essa ideia estava quase confirmada. Mas depois de algum tempo eu encontrei alguns grupos políticos antiglobalistas e movimentos da França – como o Égalité & Réconciliation, Engarda, Fils de France, etc – e tudo mudou.
Os pântanos da Europa se converteram em algo mais – com a possibilidade oculta de revolta. Eu encontrei a “outra Europa”, o “alternativo” Império oculto, o pólo geopolítico secreto.
A verdadeira Europa secreta devia ser despertada para lutar e destruir sua réplica liberal.
Agora eu estou absolutamente certa de que existem duas Europas, absolutamente diferentes – a liberal e decadente Europa Atlantista e a Europa alternativa (antiglobalista, antiliberal, orientada à Eurásia).
Guenón escreveu em “A Crise do Mundo Moderno” que nós devemos distinguir entre ser antimoderno e ser antiocidental. Ser contra a modernidade é ajudar o Ocidente em sua luta contra a Modernidade, a qual é construída sobre critérios liberais. A Europa tem sua própria cultura fundamental (eu recomendo o livro de Alain de Benoist – “As tradições da Europa”). Então eu encontrei essa Europa alternativa, secreta, poderosa, Tradicionalista e eu coloco as minhas esperanças em seus guardiões secretos.
Em outubro nós organizamos com o Égalité & Réconciliation uma conferência em Bordeaux com Alexander Dugin e Christian Bouchet, a sala era enorme e mesmo assim os lugares não foram suficientes para todos os que queriam assistir a essa conferência.
Isso mostra que algo está começando a se mover...
A respeito do que tenho visto sobre a Rússia: eu tenho notado que a maior parte dos europeus não confia nas informações da mídia e o interesse pela Rússia vem crescendo – vê-se pelo modo como aprendem Russo, assistem a filmes soviéticos e muitos europeus entendem que a mídia da Europa está totalmente influenciada pelo Leviatã hegemônico, a máquina de mentiras globalista e liberal.
Então as sementes do protesto estão no solo, com o tempo elas vão brotar, destruindo a “sociedade do espetáculo”.

Sua família inteira é uma grande inspiração aqui para nós do Open Revolt e do Nova Resistência. Você tem uma mensagem para os seus amigos e camaradas na América do Norte?

Eu realmente não posso deixar de admirar seu trabalho revolucionário intensivo! A maneira pela qual vocês estão trabalhando – através dos meios de comunicação – é a forma de matar o inimigo “por seu próprio veneno”, usando a estratégia da guerra de redes. Evola falou sobre isso em seu excelente livro “Cavalgar o Tigre”.
"Uomo differenzziato" é alguém que permanece no centro da civilização moderna, mas não a aceita no império interior de sua alma heroica. Ele pode usar os meios e armas da modernidade para causar uma ferida mortal ao reino da quantidade e seus golems.
Eu posso compreender que a situação nos EUA agora é difícil de suportar. É o centro do inferno, mas Hölderlin escreveu que o herói deve lançar-se ao abismo, no coração da noite e assim conquistar a escuridão.

Algum pensamento que você gostaria de compartilhar como encerramento?

Estudando na faculdade de filosofia e trabalhando com Platão e o neoplatonismo, eu posso perceber que a política não é nada além da manifestação dos princípios metafísicos básicos que repousam no fundamento do ser.
Ao fazer a guerra política pela Quarta Teoria Política, nós também estamos estabelecendo a ordem metafísica – manifestando-a no mundo material.
Nossa batalha não é apenas pelo estado ideal humano – ela é também a guerra santa para o restabelecimento da ontologia correta.


"É difícil lutar contra a modernidade, mas certamente é insuportável viver nela."


Fonte: Open Revolt

A participação feminina no conflito do Arraial de Canudos

terça-feira, 6 de junho de 2017

"Não foram só os homens, em Canudos,  que se distinguiram na guerra. Houve várias mulheres que participaram da luta heroicamente!" (Edmundo Muniz) 



Canudos foi uma comunidade religiosa, autossuficiente, localizada no sertão baiano. Comunidade que tinha como base a auto gestão, onde  todos trabalhavam a terra e tudo o que era produzido era partilhado entre as famílias e pessoas do Arraial, sendo o excesso destinado para sua manutenção.

Canudos estava sob a liderança de Antônio Conselheiro, homem de fé, inteligente, simples e politizado, defensor ferrenho de uma vida honesta para os sertanejos e de uma justa distribuição de terras (reforma agrária) para todos que viviam da mesma. 

Canudos, assim como chamou atenção para todos os que lá encontraram abrigo, também despertou a fúria da elite da época. Os  latifundiários, juntamente com  o governo,  financiaram quatro  expedições para destruir o arraial, que  venceu todas, porém veio a perecer na quinta e última, depois de um grande reforço das forças armadas do governo!

As Mulheres em defesa de Canudos 

Com as investidas do exército, homens e mulheres se aliaram em defesa de Canudos e aqui daremos ênfase à participação feminina. 

As mulheres em Canudos eram bastante respeitadas, tanto as casadas como as solteiras,  as mães solteiras tinham o mesmo respeito que as mães casadas, o estupro era condenado e a prostituição não era tolerada.

Maria Rita, também conhecida como "a virgem das caatingas", com a idade de 18 anos tinha fama por ter boa mira e usar roupa de couro, ficando conhecida por ter se envolvido em um combate corpo a corpo na Guerrilha de Tabuleirinhos. Segundo as palavras de Moniz: "Todos respeitavam aquela mulher de largas cadeiras, apesar de magra e ágil, de olhos amendoados e maçãs salientes... Cabelos caídos nas costas, atados por uma fita, queimada de sol e que sempre se encontrava nas posições mais perigosas". Infelizmente, a virgem das caatingas tomou um tiro fatal,  morrendo no santuário da Comunidade. 

Outra brava guerreira, chamada Santinha, organizou um piquete feminino  com mulheres armadas, no intuito de  socorrer os feridos e levar os mortos para serem sepultados em Canudos. Além destas atuações honrosas, outros destaques são as professoras, Maria Francisca de Vasconcelos e Marta Figueira que, além de serem educadoras, participaram ativamente como enfermeiras durante os conflitos em defesa do Arraial. Maria Francisca veio a falecer no conflito, enquanto Marta Figueira morreu em 1944. 

Resgatar um pouco a história dessas mulheres é uma forma de manter viva a memória de suas lutas e uma maneira de não esquecer o quanto a questão da terra também sempre esteve ligada ao feminino, pois é a terra que proporciona terreno fértil para que as famílias prosperarem e possam dar continuidade às suas linhagens. A mulher tem um papel fundamental nessa missão! 

Nós apoiamos a luta das mulheres camponesas e repudiamos toda a ação impetrada pelos lacaios do agronegócio que expropriam o trabalhador da sua terra com o intuito de servir ao grande capital!
Matria
Feminilidade, Coragem e Tradição!

A política pró-transexuais em banheiros femininos é perigosa para mulheres e crianças

segunda-feira, 29 de maio de 2017


 

Conforme cresce o boicote contra estabelecimentos que adotam a política pró-transgêneros, a questão do quanto essa política coloca mulheres e crianças em risco é algo natural de se perguntar. Conforme essas políticas se proliferam, o número de casos de abusadores que ameaçam mulheres e crianças está aumentando diariamente.

Uma franquia de lojas de departamento chamada Target provocou a ira de milhões de estadunidenses depois de anunciar a abertura dos banheiros para todos os transgêneros, clientes e empregados, permitindo-lhes escolher qualquer banheiro que desejassem a qualquer momento.

Dias depois, uma petição com a hashtag #BoycottTarget registrou mais de 200.000 assinaturas em um só dia, atingindo mais de 300.000 em um fim de semana. A confusão atual não deve ser surpresa, já que, durante anos, a rede Target tem sido uma grande fornecedora e apoiadora de políticas e causas LGBT. Logo, essa política relativa aos banheiros não é a primeira promovida pela rede em relação às pautas de Esquerda. 

Em seu website, por exemplo, há muitos posts e anúncios celebrando o estilo de vida LGBT. Além do mais, a rede Target foi uma das corporações patrocinadores da conferência "Out & Equal" [algo como "Explícitos e Iguais"], o evento de um grupo que procura forçar corporações a adotar políticas amigáveis ao público gay. 

A companhia também é bem-recebida por grupos gays por sua campanha "It Gets Better" ["Isso fica melhor"], criada para ampliar o status da homossexualidade nos Estados Unidos. Além disso, a Target provocou a ira de muita gente com sua decisão de recriar suas seções infantis, quando, em agosto de 2015, a rede anunciou que estava eliminando rótulos com "especificidades de gênero" e anúncios presentes em seções de roupas e brinquedos infantis.

A agenda homossexual radical não é o único problema liberal no qual a rede Target se engajou. Dois anos atrás, a companhia exigiu que seus clientes não levassem armas de fogo para suas lojas, contrariando as legislações locais que permitiam o porte de armas para proprietários com registros. A empresa também possui uma extensa lista de causas políticas e candidatos para os quais doou dinheiro durante muitos anos. 

Ainda em defesa dessas políticas, militantes de Esquerda fazem esse questionamento: o que pode haver de errado em permitir que alguém escolha o banheiro que quiser, ou que se permita o acesso de homens vestidos como mulheres em banheiros femininos, ou outros que que se alegam como transgêneros?

Do outro lado, aqueles que rejeitam essas políticas questionam por qual motivo a nação deve colocar mulheres e crianças em perigo ao permitir que abusadores entrem mais facilmente nesses locais e instalem câmeras em banheiros ou vestiários, ou, de outro modo, também ameacem pessoas que usam esses lugares.

A própria Targed já registrou incidentes com abusadores que atacaram crianças em banheiros da rede. Um incidente desse tipo aconteceu em Cedar Park, numa loja no Texas.

Mas há dúzias de casos semelhantes ocorridos nos últimos 2 anos, casos que colocam em destaque esse problema com relação às políticas que alteram o acesso a banheiros públicos e os tornam lugares mais fáceis para abusadores.

Primeiro, temos cinco casos nos quais abusadores foram descobertos ao cometer ações criminosas em banheiros públicos. Alguns desses homens foram presos enquanto estavam vestidos como mulheres; outros alegavam ser "mulheres" transexuais.  
Um homem vestido como mulher foi preso na Virgínia numa segunda-feira, depois que a polícia o flagrou urinando num banheiro feminino pela terceira vez no ano passado. Richard Rodriguez, de 30 anos, filmou uma mulher no banheiro feminino do Potomac Mills Mall, segundo relatos da polícia do Condado de Prince William dados na terça-feira. Uma mulher de 35 anos estava no banheiro quando viu uma bolsa sendo direcionada para ela por baixo da divisória entre os sanitários. Rodriguez, aparentemente, estava filmando a mulher, disse a polícia.    

2. Um homem em Palmdale foi preso por filmar uma mulher dentro de um banheiro  
Um homem de 33 anos em Palmdale que estava vestido com roupas femininas filmava mulheres dentro de um banheiro numa loja de departamentos. Ele foi indiciado por várias acusações nessa terça-feira, segundo as autoridades. Jason Pomare foi preso sob seis acusações de filmagem sexual ilícita, de acordo com o sargento Brian Hudson, do Departamento de Serviço do Xerife para Vítimas Especias  em Los Angeles.   

3. Abusador sexual preso após alegar ser um "transgênero" ao ter atacado uma mulher
Um homem que alegava ser um "transgênero" para ganhar livre acesso e abusar de mulheres em banheiros de Toronto foi preso por tempo "indeterminado" na última semana, depois de ter sido considerado como um "ofensor perigoso" pelo juiz. Líderes de movimentos pró-família alegam que haviam alertado tempos atrás exatamente sobre esse tipo de incidente, sem que o governo de Ontario se importasse com suas alegações, quando aprovou o projeto de lei sobre "identidade de gênero", chamada de "lei do banheiro", aprovada em 2012.   

4. Universidade de Toronto, no Canadá, cancela a política de banheiros para transgêneros após incidentes
A administração da Universidade de Toronto, depois de problemas relacionados ao uso de banheiros femininos por transexuais, teve de admitir que há a necessidade de estabelecer banheiros distintos para homens e mulheres que compartilham os dormitórios. Apesar disso, a administração disse que manterá 50% dos banheiros como "neutros em gênero".  

Aqui há outros 15 registros de abusadores que utilizam banheiros públicos para atacar mulheres e crianças:  
Autoridades de Smyrna, no Tennessee, acreditam que um homem filmou mulheres dentro de banheiros em Wisconsin. William Davis foi acusado em Smyrna de crimes especialmente graves de exploração sexual contra uma menor.   

6. Um homem em Fullerton foi preso sob suspeita de filmar pessoas no banheiro da Universidade de Chapman
Um homem de 24 anos foi preso numa terça-feira depois de portar um celular escondido onde gravava vídeos dentro de um banheiro da Universidade de Chapman, alega a polícia. Uma empregada disse aos oficiais de segurança pública do campus, à 01h da madrugada de terça-feira, que havia visto um telefone celular enquanto estava dentro de um banheiro unissex individual nas Livrarias Leatherby, disse o tenente Fred Lopez do Departamento de Polícia de Orange. O banheiro é localizado no primeiro andar da Rotunda Commons.   

7. Um professor de Campbell foi preso por fazer gravações secretas de pessoas dentro de um banheiro
San Jose - um professor de uma escola de ensino fundamental particular foi acusado, nessa quarta-feira, de gravar secretamente pessoas que usavam o banheiro de sua casa, incorrendo em três contravenções, de acordo com o Escritório Distrital da Procuradoria do Contado de Santa Clara. Autoridades dizem que a prisão do homem de 31 anos de nome Andrew Donahue, efetuada nessa quinta-feira, não tem relação com seu papel como professor na Challenger School em San Jose. Donahue foi acusado de três crimes ao fotografar e filmar pessoas que usavam o banheiro ou que estavam em estado de privacidade, segundo o promotor Luis Ramos.   

8. Um professor é acusado com outros 16 suspeitos de acusações relativas à pornografia, também é acusado de filmar banheiros com um tablet
Distrito de Hamilton, Nova Jersey - um professor, um motorista de ônibus escolar e um estudante fazem parte de um grupo de 16 pessoas acusadas de crimes de pornografia infantil e exploração sexual de menores, segundo anúncios das autoridades nessa quarta-feira. Thomas Guzzi Jr., de 36 anos, também é acusado de invasão de privacidade de terceiro grau por, alegadamente, ter utilizado um tablet escondido num banheiro de um teatro para gravar vídeos de pessoas que usavam o local. Um vídeo que foi encontrado em seu computador mostra o momento onde ele instala o equipamento no banheiro. O homem faz parte de uma rede de pedofilia e abuso infantil.   

9. Um homem de Colfax foi preso por acusações de filmar mulheres em banheiros
Colfax, Washington - um homem foi preso depois de delegados acreditarem que ele estava filmando várias mulheres secretamente, enquanto elas usavam o banheiro. Documentos da Corte indicam que as gravações foram feitas tanto em sua casa quanto na casa de uma das vítimas. As gravações são de vários anos atrás, de acordo com registros do tribunal. Michael A. Novak foi preso depois que uma procura foi feita em sua casa. As vítimas disseram que conheciam o suspeito e confiavam nele.    

10. Um homem é preso depois que uma câmera foi encontrada num banheiro em um restaurante
Miami - para além dos muros externos de La Perla, dentro do banheiro feminino, uma cliente disse ter encontrado um dispositivo de gravação direcionado para o banheiro do restaurante. A mulher estava acompanhando a filha no banheiro da rua Southwest 152nd quando percebeu um aparelho estranho escondido debaixo da pia.    

11. Jovem é preso após investigação no Colégio Perrysburg Jr.
Perrysburg, Ohio - A polícia prendeu um estudante de 14 anos em conexão com uma investigação envolvendo dois jovens do Colégio Perrysburg Jr. O incidente aconteceu em 18 de março, depois que um garoto de 14 anos gravou uma estudante de 13 anos num banheiro e distribuiu o vídeo para outros alunos.   

12. Professor em Maryland é acusado de filmar vídeos sexuais no banheiro da escola
Um professor voluntário e líder de coral foi acusado de abuso sexual e pornografia infantil ao fazer vídeos explícitos de crianças no banheiro da escola onde trabalhava, de acordo com documentos divulgados na terça-feira.  

13. Um segurança da guarda escolar de Nova Iorque foi preso com um vídeo de Snapchat de um garoto em um banheiro
Um guarda de segurança de um colégio de Long Island foi preso acusado de gravar um vídeo de um estudante num banheiro e postá-lo no Snapchat, diz a polícia. A política também declarou, numa conferência de imprensa, que o guarda do Colégio Roosevelt seguiu um estudante de 16 anos até o banheiro, filmando-o.   

14. Um vítima foi filmada num banheiro 13 vezes, diz a polícia
Wilton Manors, Flórida - Um homem de Wilton Manors foi preso por acusações de abuso sexual e voyeurismo no ano passado, e também enfrenta acusações adicionais depois que outra vítima o denunciou, segundo declarações das autoridades anunciadas na sexta-feira 

15. Ex-gerente da Chili de Martinsville é preso depois de gravar mulheres no banheiro
Martinsville - um ex-gerente da filial da Chili em Martinsville foi acusado de gravar oito mulheres trocando de roupas ou usando o banheiro do restaurante. Sua noiva encontrou os vídeos num computador dele e chamou a polícia. Justin Carl Behnke, um homem de 40 anos de Indianapolis, foi acusado de 15 crimes relativos a voyeurismo e abuso sexual.    

16. Homem admite ter gravado usuários de um banheiro por 50 vezes
Coralville, Iowa - um homem do condado de Johnson foi acusado de gravar secretamente dúzias de homens usando um banheiro num estabelecimento de Coralville. Uma vítima procurou a polícia numa manhã de domingo dizendo ter sido fotografado por um homem enquanto usava um banheiro da Scheels Sporting Goods no shopping Coral Ridge.   

17. Ex-bombeiro é acusado de gravar vídeos de garotas num banheiro
Lyndhurst - um ex capitão do corpo de combeiros e técnico de um time juvenil de futebol que foi acusado de gravar garotas jovens enquanto elas usavam seu banheiro assumiu a culpa das acusações de invasão de privacidade em quarto grau, de acordo com o site northjersey.com.   

18. Homem que utilizava banheiros femininos também é acusado de conexão com pornografia infantil
Um homem da Pensilvânia, que havia sido preso por tirar fotos de uma garota de 10 anos num banheiro público, também foi acusado de ligações com pornografia infantil, diz a polícia. James Thomas Shoemaker, de 19 anos, foi preso na semana passada num banheiro feminino na loja Sheetz em Manheim Pike. A polícia disse que ele estava gravando imagens de garotas com seu celular.   

19. Homem é preso depois de filmar ao menos 7 pessoas num banheiro "de gênero neutro" de uma loja da Starbucks
Um homem foi preso depois de colocar uma câmera escondida num banheiro "de gênero neutro" de uma loja da Starbucks em Brea, e também de gravar ao menos 7 pessoas, disse a polícia na terça-feira. A prisão de Melcher Carrilloalvarado, de 44 anos, residente de La Habra, foi anunciada um dia depois de a polícia confirmar que uma mulher encontrou uma câmera num banheiro unissex na loja da Starbucks localizada na 101 West Imperial Hwy.

Com todos esses casos, também é pertinente questionar quantos cidadãos essas políticas transgêneras irão afetar. Mesmo nas mais generosas estimativas, somente 0.3% da população dos EUA se declara como transgênera. Então, no fim das contas, essas políticas extremas voltadas para pessoas que se alegam transgêneras são designadas para menos da metade de 1% dos estadunidenses. 

[Nota do Matria:

Ação do coletivo feminino Matria em banheiro público feminino que foi transformado em banheiro de "todxs"
É curioso notar como a Esquerda liberal e muitos movimentos feministas, que se dizem protetores das mulheres, colocam-nas como figuras secundárias em relação a transexuais. A questão não se limita a transexuais, mas a qualquer um que simplesmente se declare transexual ou transgênero e o livre acesso de qualquer pessoa a banheiros femininos, o que expõe mulheres e crianças e praticamente blinda qualquer crítica sob a acusação de "transfobia". A própria esquerda confunde transexuais com homossexuais, sem lembrar que uma pessoa transsexual pode se atrair por mulheres (e esse é o principal motivo de os homens serem proibidos de usarem banheiros femininos, para que não ofereçam risco às mulheres).

Os movimentos feministas radicais se posicionam contra incluir os transgêneros na luta feminista por não os considerarem mulheres e proque as lutas das minorias tiram a atenção da causa das mulheres.

Grupos feministas radicais se manifestam contra o uso dos banheiros femininos por transexuais. Um dos casos foi o das pichações que apareceram nos banheiros da Unicamp:

Pichações que apareceram na Unicamp em reação contra o compartilhamento do banheiro feminino com transgêneros
Vale ressaltar que nessa ocasião da notícia, a Unicamp tinha apenas 6 alunos trans entre 40 mil universitários. Um número bem pequeno. 

Todas essas reações de mulheres contras as políticas de banheiros compartilhados é resultado do medo de que homens com más intenções usem desses espaços para cometer crimes. O problema da violência contra a mulher ainda persiste e, com essas atuais políticas, estarão longe de se resolver.

Nós do coletivo feminino Matria, nos posicionamos contra o compartilhamentos dos banheiros femininos com transexuais, pois não aceitamos que nossos legisladores e governantes coloquem as mulheres em risco de serem expostas em suas intimidades, abusadas, violentadas por estupradores e abusadores que se vistam como mulheres e se declarem trans. Não temos como saber se um homem vestido de mulher é ou não uma pessoa trans, e nem temos como saber se uma pessoa trans se atrai ou não por mulheres.
Para tais pessoas, devem existir banheiros específicos para trans, para não colocarem em risco nem elas, nem as mulheres.

 Matria em defesa das mulheres!

Fonte original: BreitBart 
Fonte da tradução: Ação Avante
Adaptação: Matria

 
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